domingo, 15 de março de 2009

Arbitragem no Feminino Entrevista a Daniela Peixoto...

Nome: Daniela Patrícia Oliveira Peixoto
Árbitro desde: 2002
Categoria: 1ª Divisão Distrital de Futsal
(Associação de Futebol do Porto)

P:Quais as principais causas que te fizeram entrar no mundo da arbitragem?

R:Eu diria que tudo se remete ao facto de desde pequenina ir ver os jogos do meu pai enquanto jogador, e posteriormente enquanto árbitro de futsal. Sempre tive um fascínio pelo desporto, e uma vez que o futsal era o meu predilecto, foi o escolhido. Decidi primeiramente experimentar jogar futsal, entrei então para uma equipa da minha terra, mas consequentemente tirei o curso de árbitro e tive que optar. Escolhi aquilo que achei que queria.

P: Quais as principais dificuldades das mulheres na arbitragem?

R:As principais dificuldades devem-se, ao facto de os homens terem alguma descriminação para com as mulheres. Muitos ainda pensam que jogar futsal e arbitrar, são coisas de homens, mas tudo está a mudar e penso que cada vez mais se prova o valor da mulher no desporto.

P: Se tivesses oportunidade de mudar algo na arbitragem, o que mudavas?

R:Tudo precisa de mudanças, não só na arbitragem, mas no Futsal em geral. E reconheço que isso acabará por chegar lá com o tempo. Mas uma vez que se tem que começar por algum lado, talvez tenha de se começar pelas provas físicas, pois no futsal as provas físicas das mulheres são iguais às dos homens, o que é completamente errado, porque quer queiramos quer não, os homens têm os músculos mais desenvolvidos que as mulheres, e em todos os desportos os tempos são diferentes entre os dois sexos.

P: Sentes que o Futsal é "inferior" ao Futebol?

R: Não sinto que o Futsal seja “inferior”, mas nota-se que é uma modalidade recente que ainda tem muito por desenvolver, acho que aos poucos o Futsal tem vindo a mostrar o seu valor e a vingar no mundo do desporto. Se bem que o Futebol é e, na minha opinião, será sempre o desporto “rei” a nível Mundial.

P: Ultimo desabafo?

R:Como último desabafo só acho que todos nós, população em geral, devíamos de ter o espírito um bocadinho mais aberto, ou seja, aceitar os erros..

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